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Do Moderno ao Contemporâneo

A transição do MODERNO para o CONTEMPORÂNEO se dá numa mudança da cultura de massa para o pessoal, da padronização para a personalização, da exclusão para a miscigenação e o ecletismo. A retidão e a clareza dão lugar à ambiguidade que, por muitas vezes, vem acompanhada pela contradição. A imperfeição e a imprecisão são toleradas pois são reais, são humanas.

Assim é o contemporâneo. É o desejo de liberdade de uma sociedade sem verdades absolutas.

Ao longo desses últimos 40 anos, o que vimos no design de interiores foi:

Nos anos 70 , como resquício da cultura hippie e da contracultura da década de 60, a psicodelia se fez bastante presente influenciando a escolha das cores e estampas das casas da época. No Brasil ainda estávamos em plena ditadura militar e a busca por uma forma de expressão livre resultou em paredes, tapetes, sofás e luminárias multicoloridos.

Nos materiais, o plástico, muito usado na Alemanha, passa a ser visto em diversos objetos nacionais com bastante estilo e modernidade. O acrílico também surge com toda a força, dando toques de leveza para móveis e peças decorativas. Por ser um material de fácil aplicação e utilização, ele se difundiu com bastante rapidez pelo país na época.

Tecidos aveludados e lustrosos, como o chenile e o chintz, eram bastante utilizados em estofados e móveis da época. As cores vibrantes predominavam principalmente os tons berinjela, verde e laranja. É forte também a presença dos objetos cromados e dos pufes coloridos. Os espelhos, sinônimo de luxo e requinte, invadiam lares da época recebendo lugares de destaque.

Quem viveu na década de 1980 pôde presenciar diversas mudanças e evoluções no universo da decoração. Novas tendências chegavam com forte influência do passado, fora a imensa mistura de estilos que conviviam entre si de forma muito intensa nessa época. Era uma mistura de contemporâneo, com o neoclássico e anos 50.

A persiana vertical era um acessório muito utilizado, assim como as samambaias: Tendência fortíssima na década de 1950, elas voltam com toda força decorando as salas de estar de todo o país. O consumo dos móveis Biedermeier também é forte, com a onda minimalista: pouquíssimas peças na composição de ambientes. Surgem também os lofts e a redução de divisórias na casa. No piso, a madeira clara é o item predominante e o tecido da vez é o chintz, algodão encerado, que se fez presente em sofás, cortinas e em outros acessórios decorativos.

O "caramelo" era o tom dos anos 80 nos quesitos geladeira, fogão e eletrodomésticos. Na verdade, tonalidades como bege/branco predominavam em tudo!

O "Barzinho" fervia nas salas de estar dos anos 80! Geralmente era feito em mogno ou cerejeira, padrões predominantes na época.

Nos anos 90, a qualidade dos projetos de interiores atingiu nessa década nível jamais visto, tornando-se praticamente uma especialização da arquitetura. O ambiente minimalista pedia cores neutras, como o branco e o bege, e madeiras claras como o marfim.

Já nos anos 2000, a razão e as regras saem de cena e quem ocupa seus lugares são o imáginário, o lúdico, a desordem, o improviso e a informalidade.

Assim é o contemporâneo.

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